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Jornalista da Globo acorda, se enche de coragem e denuncia “O Golpe do Supremo”

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Em um movimento raro dentro da grande imprensa nacional, a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, publicou um artigo contundente no qual acusa o Supremo Tribunal Federal (STF) de protagonizar aquilo que ela mesma descreve como um verdadeiro “golpe” institucional. A crítica, direcionada especialmente ao ministro Gilmar Mendes, ganhou enorme repercussão nas redes sociais na manhã deste sábado, 6 de dezembro de 2025, após leitores destacarem trechos em que a colunista aponta uma sequência alarmante de ilegalidades cometidas pela Corte.

A polêmica gira em torno da decisão de Gilmar Mendes que, de forma inédita e controversa, blindou ministros do STF contra processos de impeachment, ao declarar que não existe previsão legal para que o Senado analise pedidos contra integrantes da Suprema Corte na forma como sempre foi feita ao longo da história republicana. A medida gerou indignação entre juristas, parlamentares e parte da sociedade civil, reacendendo o debate sobre os limites de atuação do Judiciário e o crescente desequilíbrio entre os Poderes.

Uma crítica inesperada – e corajosa

O que mais chamou atenção desta vez não foi apenas a decisão do Supremo, mas o fato de uma jornalista de grande circulação admitir, em texto direto e sem rodeios, que o STF ultrapassou limites constitucionais. Segundo Malu Gaspar, a Corte vem acumulando decisões que extrapolam suas funções originais, atuando como legislador, investigador, julgador e, agora, como autoridade blindada contra qualquer forma de responsabilização.

A colunista descreve a atitude de Gilmar Mendes como “inconstitucional, autorreferente e perigosa”, indicando que o STF estaria se transformando numa instância acima da própria Constituição. O uso da palavra “golpe” — tão carregada de significado no debate político recente — foi interpretado como um divisor de águas. Muitos internautas afirmaram que “até a grande mídia percebeu” que há uma escalada autoritária em curso.

A origem do problema: o inquérito das fake news

Embora o artigo de Malu Gaspar apresente uma linha crítica firme, muitos leitores notaram que faltou mencionar o ponto que, segundo juristas independentes, foi o “gatilho” para todos os abusos posteriores: o chamado “inquérito das fake news”, instaurado em 2019 pelo próprio STF, sem provocação externa, sem delimitação clara, sem distribuição por sorteio e com o ministro Alexandre de Moraes acumulando funções de investigador e julgador.

O inquérito, que segue aberto até hoje, tornou-se símbolo da expansão do poder da Corte sobre cidadãos, jornalistas, políticos e até mesmo sobre empresas de tecnologia. Para muitos analistas, foi ali que se iniciou o processo que Malu Gaspar agora reconhece como perigoso.

Reações imediatas: “Será que a ficha finalmente está caindo?”

A internet reagiu rapidamente ao artigo. Em redes como X, Telegram e Gettr, usuários compartilharam trechos do texto com comentários como “até eles acordaram” ou “a grande mídia não consegue mais esconder o óbvio”. Parlamentares da oposição também repercutiram a crítica, destacando que, ao chamar de golpe a decisão de Gilmar, a jornalista concede legitimidade ao discurso que vem sendo denunciado há anos por juristas e acadêmicos preocupados com o avanço do Judiciário sobre as demais instituições.

Grupos de juristas independentes afirmam que a decisão de Gilmar Mendes contraria frontalmente a separação dos Poderes, um dos pilares do Estado democrático de Direito. Isso porque a Constituição determina que cabe ao Senado processar e julgar ministros do STF, sendo impossível ao próprio Supremo limitar ou reinterpretar esse mecanismo em benefício de seus integrantes.

A escalada das ilegalidades

Segundo o texto publicado e a análise de diversos especialistas, a atual crise institucional não é um ponto isolado. Pelo contrário, forma-se um padrão:

  • 2019: instauração do inquérito das fake news, em desacordo com normas processuais.
  • 2020–2024: investigações ampliadas sem controle externo, censuras a veículos de comunicação e ordens de bloqueio a perfis e plataformas.
  • 2024–2025: decisões monocráticas com impactos diretos no processo eleitoral e no funcionamento do Legislativo.
  • 2025: a mais recente decisão de Gilmar Mendes, blindando ministros contra impeachment — considerada por juristas como o ápice da ruptura.

Para Malu Gaspar, essa sequência de medidas representa uma linha contínua que, se não interrompida, pode consolidar um modelo em que o STF se torna “poder sem controle, sem contrapesos e sem responsabilização”.

E agora?

A pergunta que muitos se fazem é: o Congresso terá coragem de reagir? Há senadores articulando respostas institucionais, enquanto especialistas discutem possíveis mecanismos para frear a escalada de decisões que, segundo eles, subvertem o ordenamento jurídico.

O artigo de Malu Gaspar, ao usar a palavra “golpe”, pode marcar o início de uma mudança no discurso público — especialmente na imprensa tradicional — sobre o protagonismo crescente e controverso do STF.

Para alguns, pode ter sido apenas um desabafo isolado. Para outros, é o primeiro sinal de que a ficha está, enfim, começando a cair.

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